domingo, 26 de janeiro de 2014

#SempreTradição





Durante minha infância as dúvidas de quem seriam Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Benjamin Constant, Aristides Lobo, martelavam na minha cabeça. Só sabia, na verdade, que eles eram nomes de ruas. Agora o porque de tamanho merecimento nunca entendi.

Belém do Pará, completou no último dia 12, 398 anos de história. Entre ver-O-pesos, teatros, círios e ervas, uma característica acaba passando despercebida por nossos olhos urbanos. A correria, a pressa e a ignorância não nos deixam pensar no quão legal é a história escrita por trás de nossas placas fincadas a cada esquina
FOTO / DIÁRIO DE UM VESTIBULANDO
da cidade.

Nos bairro do Jurunas e Batista Campos guerreiros e gentios se misturam. Herois da cabanagem e índios. Tupinambás, Apinagés, Mundurucus, Tamoios e Pariquis são tribos indígenas. Eutíquio e Batista Campos eram padres.

Trouxe o assunto à tona por estar estudando em história os tipos de República e seus principais personagens. Nesse momento entendi a importância dessas pessoas para nós, nos dias de hoje.







#SempreApinagés

Em 2011, numa atitude infeliz, a Câmara Municipal de Belém – CMB – não esperava tamanha revolta popular ao tentar mudar o nome da Travessa dos Apinagés, que corta os bairros do Jurunas e Batista Campos, para o nome de um empresário da capital paraense. Na época um abaixo assinado circulou entre moradores, donos de estabelecimento e sociedade civil de norte a sul da via pública. As placas recém-trocadas foram pichadas e uma grande mobilização foi armada até que a prefeitura voltasse atrás na sua escolha. E ela recuou. Vitória popular.


#Sempre16

Mas a experiência parece não ter tido validade e mais uma vez a CMB trocou o nome de mais uma rua sem consulta prévia à população. A vítima da vez foi a 16 de Novembro entre João Diogo e Tamandaré na Cidade Velha e passou a se chamar Desembargador Inácio Guilhon.  Talvez esperem mais um montante popular. 

Cabe a nós preservar essa tradição tão bonita, tão Belém.



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